sábado, 26 de fevereiro de 2011

Van der graaf generator

O Van der graaf generator é sem duvida uma das bandas mais inovadoras do rock progressivo, uma sonoridade totalmente exótica gerada entre o sax de David Jackson e o teclado de Hugh Banton entrando em completo colapso constantemente, mas o grande destaque é o vocalista Peter Hammill, além de sua voz poderosa e sensível é o criador dessas musicas cheias de emoção , são verdadeiras obras-primas.






sábado, 12 de fevereiro de 2011

Além do bem e do mal Cap.O Espiríto Livres 26ºaforisma - Frederich Nietzsche

O homem pertencente à elite procura instintivamente sua
torre de marfim, um baluarte que o libere da massa. do vulgo,
da multidão, um lugar para esquecer “o homem”, cuja "regra",
entretanto, constitui a exceção, a menos que seja um caso
particular em que sob um instinto mais forte ainda se oponha a
esta regra, sendo ele mesmo o cognoscente, no grande e
excepcional sentido da palavra. Quem quer que no trato com os
homens, não tenha passado por todos os matizes da angústia, o
rubor e a palidez da compaixão, a necessidade imperiosa do
isolamento, esse não é verdadeiramente um homem de gosto
superior. Porém se permanece altivo e taciturno em seu refúgio,
então não está destinado ao conhecimento, não é predestinado a
ele. Se o estivesse chegaria a dizer-se um dia: "Ao diabo com
meu bom gosto". A regra é mais interessante que à exceção,
mais interessante que eu, eu que sou a exceção. E desceria de
sua torre com a sublime decisão de "misturar-se" com a
multidão. O estudo do homem comum, estudo prolongado e
sério, que requer muito tato, repugnância dominada,
familiaridade, más companhias — e toda companhia é má,
exceto a de nossos iguais — é um capitulo necessário na vida
de todo filósofo, o mais desagradável talvez e, quem sabe. O
mais pródigo em decepções. Porém se tem sorte, como costuma
acontecer a todo favorito do conhecimento, receberá auxílios
que tornarão mais tolerável sua tarefa; refiro-me aos cínicos,
aos que confessam ingenuamente a animalidade, a vulgaridade,
"a regra" que trazem em si, e que, entretanto, conservam
bastante espírito e penetração para sentirem-se obrigados a
falar ante testemunhos de si mesmos e de seus semelhantes; por
vezes chegam a se revolver em seus livros como em seu
próprio monturo. O cinismo é a única força sob a qual as almas
vulgares roçam o que se chama sinceridade e na presença de
todos os matizes de si mesmo, o homem superior deverá aguçar
o ouvido e considerar-se feliz todas as vezes que perceber as
palhaçadas despudoradas ou os desvarios do sátiro científico.
Em certos casos, o encanto acompanha o asco, quando, por um
capricho da natureza, o gênio foi entregue a um mono
imprudente. como o abade Galiani, o homem mais profundo,
mais penetrante e possivelmente também o mais tenebroso de
seu século; era muito mais profundo que Voltaire e,
conseqüentemente, sobressaia mais que ele ao calar-se.
Freqüentemente acontece, que a cabeça de um sábio seja
acompanhada pelo corpo de um mono, que uma inteligência
sutil e excepcionalmente dotada acompanhe uma alma vulgar;
este caso não é raro entre os médicos e os fisiólogos da moral
especialmente. Sempre que se fale mal do homem sem pôr
malícia nisto, o amante do conhecimento deve prestar ouvidos
e ficar atento sempre que ouvir falar sem indignação. Porém se
a irascibilidade é a mão da mentira, então ninguém mente mais
que o homem indignado.

Entrevista com George Bataille - Literatura e o mal

Uma entrevista com George Bataille sobre seu livro Literatura e o mal, o livro examina a influência do mal na literatura e como maldade nos afeta.

Entrevistador: Primeiramente gostaria de perguntar sobre o título do livro. De que mal você está falando?

Bataille: Existem dois tipos opostos de mal. O primeiro está relacionado com o sucesso das atividades humanas, ou seja, na conquista dos resultados esperados. E o outro tipo consiste na deliberada violação de alguns tabus como, por exemplo, o tabu contra o assassinato ou sexualidade.

Entrevistador: Quando se faz o mal e no ato de maldade.

Bataille: Sim.

Entrevistador: Poderia o título do livro indicar que o mal e a literatura são inseparáveis?

Bataille: Eu creio que sim. Talvez no início não seja tão evidente, mas para mim, se a literatura se afastar do mal, ela se tornará entendiante. Ela, a literatura, tem que ser surpreendente. No entanto, assim que fique claro, que a literatura deve lidar com a angústia e que a angústia é baseada em alguma coisa que está em confronto, sem dúvida trará malefícios de uma forma muito cruel. E quando o leitor percebe isso, diante da possibilidade de um final trágico para os personagens que ele acompanhou (agora estou resumindo o livro), essa desagradável situação resulta em tensão, o que torna a literatura instigante.

Entrevistador: Então os escritores são culpados de alguma coisa quando escrevem?

Bataille: A maioria deles não tem consciência disso. Mas eu acredito que existe um profundo sentimento de culpa. Escrever é o oposto de trabalhar. Isso pode não parecer lógico, mas mesmo assim, todos os livros interessantes são esforços que caminharam contra a noção formal de trabalho.

Entrevistador: Você poderia falar sobre um ou dois escritores que sentiram culpa pelo ato de escrever?

Bataille: Existem dois que utilizei em meu livro que são bons exemplos. Eles são Baudelaire e Kafka. Ambos sabiam que estavam do lado do mal. E, consequentemente, eles eram culpados. Com Baudelaire isso fica claro pela escolha do título do seu livro "A flor do mal" que representa os seus escritos mais íntimos. Com Kafka, é ainda mais evidente. Ele pensava que quando escrevia estava agindo contra os desejos de sua família e, portanto, ele se colocou numa posição de culpado. É fato que a sua família disse de todas as formas que era errado passar a vida escrevendo, que a coisa certa a se fazer era dedicar seus esforços em atividades comerciais e, se ele fizesse qualquer coisa diferente, estaria do lado do mal.

Entrevistador: Portanto, se ser um escritor é ser culpado de alguma coisa, então, para Kafka ou Baudelaire, ser escritor também significa não ser responsável.

Bataille: Essa era a opiniçao de suas famílias.

Entrevistador: Esse sentimento de culpa poderia ser algo infantil para eles. Você acha que Baudelaire e Kafka se sentiram infantis quando escreviam?

Bataille: Sim, eles diziam que se sentiam nessa condição de infantilidade. Como se estivessem perante seus pais. Crianças que acabaram de cometer travessura e que consequentemente adquiriram consciência de culpa pela opressão de seus adorados pais que a todo momento diziam o que não poderia ser feito, o que era considerado atos maldosos em si, no sentido mais forte da palavra.

Entrevistador: Mas se a literatura é criancisse, se escritores são culpados de criancisses quando escrevem, então isso também significa que a literatura é imaturidade?

Bataille: Eu acho que existe algo essencialmente infantil na literatura. Isso pode parecer incompatível com a admiração que temos pela literatura. Mas acredito que há uma profunda e fundamental verdade na afirmação de que não se pode realmente compreender o que significa a literatura se você não se aproximar dela a partir de um ponto de vista infantil. O que não sifnifica uma perspectiva de qualidade inferior.

Entrevistador: Você escreveu um livro sobre erotismo. Você acha que erotismo na literatura é algo infantil?

Bataille: Não tenho certeza se literatura diferencia-se do erotismo nessa questão. Mas penso que é muito importante dar-se conta de personagens infantis do erotismo em geral. Sentir o erotismo é estar fascinado como uma criança que quer participar de uma brincadeira proibida. Um homem fascinado pelo erotismo é como uma criança perante os pais. Ele tem medo do que pode acontecer consigo. E ele nunca pára até ter uma razão para temer. Não é suficiente para ele apenas o que satisfaz os aduntos. Ele tem que ficar amedrontado. Necessita encontrar-se na mesma situãção de quando era criança e constantemente com medo de ser repreendido e até punido de um jeito insuportável.

Entrevistador: Talvez eu tenha dado a entender, e você também tenha dado essa impressão, que você estivesse condenando essa infantilidade. Contudo, é hora de voltarmos ao título do seu livro "A literatura e o mal". Você não está condenando nem a literatura nem o mal. Poderia falar um pouco mais sobre as idéias desse livro?


Bataille: Certamente é um alerta. A obra sinaliza um perigo, então, talvez, quando se tiver consciência deste perigo, você terá boas chances de confrontar esse perigo. E eu acho importante confrontarmos o perigo que é a literatura. É um grande e real perigo, entretanto, você não pode ser considerado um homem se não confrontar esse perigo. Na literatura, podemos encontrar inteiramente a perspectiva humana. Porque a literatura não nos permite viver sem ver a natureza humana separada dos aspectos existenciais mais violentos. Leia as tragédias, Shakespeare, existem muitos exemplos desse mesmo gênero. Finalmente, é a literatura que nos possibilita perceber o pior e aprender como confrontá-lo, como superá-lo. Um homem que joga, acha no jogo as maneiras de vencer o que existe de pior no jogo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

lamentações de um Ícaro - Charles Baudelaire


E na terra sempre o rufião
É feliz,devasso e desnutrido;
Quanto a mim, meu peito é rompido
De abraçar as nuvens em vão.

Somente é graças aos faróis
Que reverberam muito além,
Que os meus olhos lassos só vêem.
Vagas lembranças de turvos sóis.

Em vão eu quis descobrir a arte
De meio e fim do céu achar;
Sob eu não sei que ardente olhar
Sinto que minha asa se parte;

Sonhando o belo que tortura
A sublime honra não terei, ao que cismo,
De dar o meu nome ao abismo
Que há de ser minha sepultura.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Clipe Bizarrésimo.

Um miiitíco do Zé Graça, muito engraçado vale a pena

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Os videos de Dâniel Fraga são muito interessantes, indo contra a corrente de vlogs de humor ele faz um vlog de critíca social, eu irei postar preferencialmente aqueles que falam sobre ateísmo.